Cristãos celebram suspensão de regra de ruído contra pregadores de rua na Irlanda do Norte

  • 11/12/2025
Cristãos celebram suspensão de regra de ruído contra pregadores de rua na Irlanda do Norte
Cristãos celebram suspensão de regra de ruído contra pregadores de rua na Irlanda do Norte (Foto: Reprodução)

A decisão do Conselho Municipal de Belfast, na Irlanda do Norte, de rejeitar temporariamente a proposta que limitava o volume de pregadores de rua a 70 decibéis foi recebida com entusiasmo por cristãos e por organizações que defendem a liberdade religiosa.

Para eles, a medida representava uma ameaça direta à liberdade de expressão religiosa e à tradição histórica de evangelismo em espaços públicos no país.

A proposta previa que pregadores de rua utilizassem amplificação sonora abaixo de 70 decibéis – nível comparável ao som de um aspirador de pó ou de uma máquina de lavar roupa.

Quem descumprisse a regra poderia ser multado em até £500 (aproximadamente R$ 3.200,00).

A justificativa oficial era reduzir a poluição sonora no centro da cidade, mas críticos apontaram que a norma seria seletiva, atingindo principalmente pregadores e ativistas pró-vida, enquanto outras atividades barulhentas, como desfiles e protestos, permaneceriam isentas.

Uma das regras sugeridas era que os pregadores de rua deveriam ser obrigados a obter uma licença. Contrário à medida, o vereador Dean McCullough afirmou:

“Que completa tolice por parte de alguns vereadores de extrema-esquerda acreditarem que pregadores de rua, membros da religião mais perseguida da Terra, algum dia buscariam ou precisariam de sua permissão para pregar.”

E acrescentou: “Jesus Cristo é o Senhor. É Natal, e eu não preciso de autorização desta câmara municipal para proclamar isso.”

Liberdade religiosa

Para grupos como Christian Legal Centre, Christian Concern e o Christian Institute, a proposta não apenas criava um obstáculo prático à pregação, mas também estabelecia um precedente perigoso: o controle estatal sobre manifestações religiosas em espaços públicos.

“Não se trata apenas de decibéis, mas de garantir que a fé possa se expressar livremente sem discriminação”, afirmou um porta-voz do Christian Institute, que liderou a elaboração da “Carta dos Pregadores de Rua”, documento que reforça direitos e boas práticas para evangelismo ao ar livre.

Organizações como Open Air Campaigners GB e Open-Air Mission também se posicionaram contra a medida, destacando que a restrição poderia inviabilizar cultos e cânticos, elementos centrais da prática cristã pública.

Silenciar pregadores

O responsável pelas políticas da Irlanda do Norte do Instituto, James Kennedy, disse ao Belfast News Letter: “É absolutamente correto que os planos para silenciar os pregadores de rua em Belfast tenham sido repensados.”

Ele prosseguiu: “No entanto, é profundamente preocupante que alguns agora pareçam determinados a expandir seus esforços para atingir um público mais amplo com o testemunho cristão.”

Ao classificar o limite de 70 decibéis como “impraticável e injustamente seletivo”, Kennedy instou o conselho a “dialogar construtivamente com aqueles envolvidos na pregação de rua responsável e em outros testemunhos cristãos, em vez de impor restrições precipitadas e mal pensadas que correm o risco de discriminar injustamente a expressão religiosa”.

E acrescentou: “O direito de expressar convicções profundas em público é uma liberdade fundamental, e confiamos que o conselho respeitará isso ao reconsiderar sua abordagem.”

Nathan Anderson, do grupo de defesa da liberdade de expressão Liberty NI, comentou: “Se o ruído é realmente o problema, por que as atividades mais barulhentas são isentas?”

“Essas inconsistências sugerem que as medidas podem afetar mais os pregadores e os artistas de rua, especialmente considerando que setenta decibéis mal ultrapassam o ruído normal das ruas. Um limite tão baixo corre o risco de discriminar formas específicas de expressão e pode ser incompatível com os princípios da igualdade e dos direitos humanos.”

Em uma carta ao Belfast News Letter, o Reverendo Gordon Dane, da Igreja Presbiteriana Livre (FPC), escreveu: “Os regulamentos surgiram das tentativas de alguns vereadores de Belfast de proibir, na prática, a pregação ao ar livre e a distribuição de literatura no centro da cidade. Isso não pôde ser feito porque seria uma negação de direitos.”

Ele afirmou: “Há uma tradição de pregação ao ar livre nas cidades e vilas do Ulster, e normalmente isso é feito com equipamentos de alto-falante.

Embate político

O debate dividiu os vereadores. O Partido Unionista Democrático (DUP), de direita, classificou a proposta como “tolice” e acusou seus defensores de tentar silenciar grupos religiosos e pró-vida.

O vereador McCullough afirmou que seu partido não poderia apoiar um limite de 70 decibéis “que torna a amplificação praticamente inútil”.

Ele disse ao Conselho Municipal: “Desde o início, essas leis foram motivadas pelo desejo de atingir certos grupos, principalmente pregadores de rua e pró-vida.”

Já o Partido Alliance, centro-esquerda liberal, considerou que as regras não iam longe o suficiente, sugerindo multas maiores e proibição de imagens explícitas usadas em campanhas contra o aborto.

Por enquanto, a proposta foi retirada, mas o tema voltará à pauta. O episódio expôs uma tensão crescente entre controle urbano e liberdade de expressão religiosa, levantando questões sobre até onde governos locais podem ir para regular práticas que fazem parte da identidade cultural e espiritual de uma sociedade.

FONTE: http://guiame.com.br/gospel/noticias/cristaos-celebram-suspensao-de-regra-de-ruido-contra-pregadores-de-rua-na-irlanda-do-norte.html


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